07/04/2009

O Gui chora de novo

Longa ia a noite quando começou a ouvir o choro de uma criança que não era sua. Não era sua e por isso não sentia um aperto no coração, por uma doença que estava a ser chocada ou por um cansaço físico manifestado em forma de birra. Sentia apenas compaixão e esperava que aquele silêncio que se segue ao choro viesse. Vem sempre com mais naturalidade no choro das crianças dos outros porque esse sabemos que vai parar mais depressa. Não é crueldade ou indiferença pelo sofrimento dos filhos dos outros é a dimensão que toma o choro de um filho nosso, a forma como se expande no tempo e como se agiganta dentro de nós.

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